Plano Diretor de São Paulo - Audiências públicas Oeste e Norte

Moradores da zona norte pedem melhorias no trânsito.
Audiência do Plano Diretor em Pinheiros conta com 100 pessoas.


Relato da moradora e cicloativista Gabriela Alem

Cerca de 200 pessoas lotaram o auditório do Sesc Santana nesta quarta (5/8), para participar da Audiência Pública sobre o projeto de revisão do Plano Diretor Estratégico. Entre os presentes na platéia estavam, em grande parte, pessoas de movimentos de moradia e habitação, funcionários públicos, associações de bairro, comerciantes e empresários da zona norte, bem como cidadãos interessados.

A apresentação do projeto foi iniciada pelo relator, o vereador José Police Neto. Lendo os slides de forma rápida, Police Neto conceituou o Plano Diretor, falou sobre a divisão do território em macroáreas, macrozonas e zonas. Além disso, afirmou que o objetivo do Plano é a desconcentração de emprego na cidade e justificou a necessidade da revisão para tratar os problemas do lixo, enchentes, trânsito, moradia e meio ambiente de forma integrada.


Luiz Ramos, representante do Executivo, também fez uma exposição sobre as mudanças do projeto de revisão do PDE. Mas falou de forma rápida, citou inúmeras siglas de zoneamento e nomes de ruas da zona norte, o que tornou a exposição difícil de compreender.

Carlos Apolinário justificou a rapidez dos expositores dizendo que é difícil coordenar o debate e segurar as pessoas até o final, que eles precisariam de uma hora e meia para falar. Em torno de 11 pessoas se manifestaram. No geral, poucas críticas pesadas ao projeto de revisão do PDE.
Grupos organizados e cidadãos abordaram o conflito de interesses sobre a construção do corredor de ônibus na Avenida Bras Leme e se mostraram bastante contrários à obra.

Assuntos relacionados ao trânsito caótico também foram destacados por diversos participantes. Quase todos os que se manifestaram pediram alargamento de vias, novas ruas, pontes, alças de acesso, túneis, já que o sistema viário da zona norte não suportará a frota de carros que a verticalização trará. Houve até reclamação sobre a atuação da CET, de que não cumpre seu papel na zona norte de fazer o trânsito fluir e de sincronizar os semáforos.

Em seguida, entrou em pauta um projeto sobre transportes de carga que será implantado na região do Rio Cabuçu, próximo às rodovias Dutra e Fernão Dias, onde há um vale com acúmulo de poluentes, situação que merece mais atenção.

Algumas pessoas demonstraram considerável preocupação com as ZEIS, com a retirada das 4 macroáreas do PDE e com a exclusão do conceito de macrozona. O vereador Netinho respondeu que as ZEIS não podem ser alteradas nesse momento, os Planos Regionais não estão em discussão e há necessidade de conceituar novamente ‘macroárea’ e não ficar preso ao conceito definido no Plano de 2002.

Vereador anuncia que transcrição dos debates será publicada no Diário Oficial


Cerca de 100 pessoas participaram da audiência pública realizada no Sesc Pinheiros, nesta terça, (4/8) para debater o projeto de revisão do Plano Diretor Estratégico, que está em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo. Entre os presentes, 23 cidadãos e representantes de organizações se manifestaram publicamente para fazer sugestões e críticas ao projeto. O debate foi coordenado pelo vereador Carlos Apolinário (DEM), presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara, e José Police Neto (PSDB), relator do projeto de revisão do PDE, de autoria do Executivo.

Ros Mari Zenha, geógrafa e integrante do Mover (Movimento de Oposição à Verticalização Caótica e pela Preservação do Patrimônio da Lapa e Região), disse que é necessário o texto do PDE “incorporar o tema das mudanças climáticas e suas conseqüências para a cidade de São Paulo”. Ros Mari entregou por escrito aos vereadores um documento com a reivindicação.

O cidadão Manoel Carvalheiro afirmou que São Paulo está perdendo áreas industriais, por isso o leque do tipo de indústrias permitidas na cidade deveria ser ampliado. Carvalheiro considera importante manter o artigo 159 do atual plano diretor, que define parâmetros para as macroregiões - zonas residenciais, industriais e mistas, e que é excluído no projeto de revisão. O vereador Police Neto reafirmou que pretende considerar a questão das macroregiões no projeto de revisão.

Outra moradora, Helena Werneck, que também trabalha na Câmara Municipal, fez uma série de considerações. Segundo Helena, o PDE precisa ter um plano de bairros; deve deixar clara a delimitação do perímetro urbano e do rural em São Paulo; e também precisa traçar um mapa das áreas mais vulneráveis ao aquecimento e às mudanças climáticas.

Outras questões abordadas pelos moradores foram a necessidade de haver critérios para aprovação de grandes empreendimentos imobiliários que geram impacto no trânsito; a implantação de roteiros de transporte coletivo para ligar bairros como Vila Ida, Vila Madalena e Córrego dos Corujas; a adoção de medidas que evitem a fuga de moradores do centro de São Paulo.

A integrante do Movimento Butantã Pode Patrícia Yamamoto perguntou como será feita a sistematização e a divulgação do conteúdo abordado nas audiências – estão previstas 34 até o início de setembro. O vereador Carlos Apolinário disse que os debates estão sendo transcritos e o conteúdo será publicado no Diário Oficial. O vereador José Police Neto começou a publicar em um blog o relato das audiências.

Fonte: Nossa São Paulo


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