Vereador José Police Neto bate boca durante debate - Lei dos Fretados

Secretário de SP é vaiado em audiência pública sobre fretados.

Queixas, vaias, xingamentos. O debate sobre a regulamentação do serviço dos ônibus fretados na capital paulista virou oportunidade para que membros do setor dirigissem críticas e ofensas pessoais a representantes da administração Kassab. O secretário municipal dos Transportes, Alexandre de Moraes, foi o alvo preferido. Sequer conseguiu falar.

A primeira audiência pública sobre o tema atraiu cerca de 200 pessoas ao Anhembi, zona norte de São Paulo, na noite de sábado. Um a um, 16 oradores, quase todos donos de ônibus ou vans, contaram as dificuldades que enfrentam para se manter no ramo desde que passou a vigorar a portaria 59, que restringe a circulação e as paradas do transporte.


Moraes não conseguiu concluir sua fala sobre a restrição. Enquanto enumerava ganhos na fluidez do trânsito, aos gritos, a plateia interrompeu o secretário de Kassab. As principais críticas eram dirigidas ao horário da restrição ao trânsito de fretados e às exigências para que sejam estabelecidas exceções à proibição. A maioria afirmava ter que abrir mão do negócio por conta da portaria 59.

Segundo o setor de fretados, mais de 500 ônibus estão fora de circulação desde o dia 28 de julho, quando passou a valer a restrição. "Ainda bem que ano que vem ele não estará mais lá", disse um dos presentes, sob os aplausos gerais. "Infelizmente para alguns, não irei embora no ano que vem", corrigiu o secretário.

O vereador José Police Neto (PSDB) bateu boca com dezenas de críticos à legislação. O também vereador Ricardo Teixeira (PSDB) lamentou que a audiência sequer tenha tratado do Projeto de Lei, que circula na Câmara Municipal de São Paulo. "Muitas das reclamações feitas já estão previstas no projeto da lei", disse.

O diretor-executivo do maior sindicato de fretados, o Transfretur, considerou normal as manifestações. "As pessoas falaram o que queriam falar para o secretário mas, tirando a emoção, ficou evidente que tudo foi feito na base do improviso, sem estudo", disse.

O presidente da Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Fretamento e Turismo do Estado de São Paulo, Geraldo Maia Filho, considerou a audiência uma oportunidade para repudiar a medida. "É uma manifestação do desespero das pessoas", declarou.

Moraes deixou a reunião e não quis falar com a reportagem. Na próxima semana, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal analisa o Projeto de Lei que trata do tema. Não há data para votação da nova lei.

Fonte : Terra - Hermano Freitas


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