Prefeitura quer derrubar edifícios São Vito e Mercúrio no centro da cidade.
Defensoria defende que imóveis virem moradia para famílias pobres.
A Defensoria Pública do Estado entrou na briga contra a demolição dos edifícios Mercúrio e São Vito, que ficam na região central de São Paulo. Os prédios foram desocupados para a demolição, mas a Defensoria acredita que seria melhor manter os dois edifícios no local porque falta moradia na região para as famílias mais pobres.
Nesta sexta-feira (17), um defensor público e representantes de entidades sociais pediram na Justiça a suspensão da demolição. Eles dizem que o plano diretor, de 2002, prevê a ocupação do centro com moradias populares e que um plano de metas incluiu a reforma dos dois prédios.
Por muito tempo, os prédios foram considerados o símbolo da decadência do centro da cidade e, até o início do ano que vem, eles devem sumir do mapa. Construídos nos anos 50, há pelo menos duas décadas a demolição do São Vito e do Mercúrio é assunto de governos e de moradores da cidade.
A desocupação do edifício São Vito começou em 2004. As 624 famílias que moravam em apartamentos de 30 m² foram despejadas. No começo deste ano, foi a vez do edifício vizinho, o Mercúrio, ficar vazio e 140 apartamentos foram desocupados.
O local será transformado em uma praça e faz parte do projeto de reurbanização da região do Parque Dom Pedro. A empresa contratada para demolir os dois prédios estipulou o prazo de seis meses para colocar tudo abaixo. Mas ex-moradores e a Defensoria Pública do Estado são contra a demolição. Eles querem que o edifícios sejam reformados para virar moradia popular.
A defensoria entrou com a ação, mas a Justiça ainda não tomou nenhuma decisão sobre o assunto. A Prefeitura de São Paulo diz que os edifícios São Vito e Mercúrio não podem ser reformados porque têm problemas na estrutura e informa ainda que pretende transformar outros prédios da região central em moradia popular.
Fonte: G1
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