Passagem de ônibus subiu de R$ 2,70 para R$ 3 no início deste ano. Manifestantes foram recebidos nesta quinta por comissão da Câmara.
"A Câmara não tem atribuição de definir ou reduzir a tarifa." Disse Vereador José Police Neto.
O presidente da Câmara, José Police Neto (PSDB), recebeu os manifestantes na calçada, na frente do Palácio Anchieta. Netinho, como é conhecido, comprometeu-se com o grupo a marcar audiência pública sobre o valor da passagem e convocar, como pedem os manifestantes, o secretário dos Transpores, Marcelo Cardinale Branco. "O que posso garantir é a audiência e o diálogo com a Casa. A presença do secretário é outra coisa", disse. A data será definida na quarta-feira.
Cerca de 3.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, protestaram em frente à Câmara Municipal de São Paulo na noite desta quinta-feira (27) contra o aumento da tarifa de ônibus na capital. A passagem de ônibus subiu de R$ 2,70 para R$ 3 no início deste ano.
A manifestação teve início no Teatro Municipal, no Centro, por volta das 17h45. Cerca de 700 pessoas, em sua maioria estudantes, deixaram o local em direção ao prédio da Câmara. No caminho, conseguiram reunir mais adeptos e pararam em frente à Prefeitura para reivindicar a volta do valor anterior.
Às 19h45, eles foram recebidos por uma comissão da Casa para discutir a questão. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSDB), estava entre eles. "A Câmara não tem atribuição de definir ou reduzir a tarifa. Mas nosso esforço será para abrir um canal de diálogo para discutir a política de transporte público e a política tarifária na cidade", afirmou.
A estudante de direito Nina Cappello Marcondes, uma das organizadoras da manifestação, disse que é possível a Prefeitura recuar no aumento da tarifa. "Várias cidades, como Florianópolis (SC) e Vitória (ES), conseguiram barrar o aumento depois que ele já tinha sido concedido", disse. Ela afirmou que a mobilização dos estudantes vai continuar.
Segundo a PM, a manifestação desta quinta foi pacífica.
O aumento da passagem, segundo a Prefeitura de São Paulo, é necessário para custear a construção de novos terminais de ônibus e para ampliar a frota.
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