Vereadores querem fazer um puxadinho na Câmara Municipal de São Paulo


A intenção de tocar o projeto em 2010 foi confirmada pelos vereadores José Police Neto.


Os vereadores de São Paulo ainda não desistiram de ampliar as dependências da Câmara Municipal, no Viaduto Jaceguai, centro da capital. Dos R$ 399 mi que serão gastos pelo legislativo municipal no ano que vem, R$ 20 mi estão reservados para a construção do edifício ao lado da atual sede.


No Orçamento deste ano já havia R$ 17,8 mi separados para a obra, mas os vereadores entenderam que em meio a crise financeira e ao corte de verbas que a prefeitura adotava em seus programas, a opinião pública teria dificuldade de aceitar o início da obra.


A intenção de tocar o projeto em 2010 foi confirmada pelos vereadores José Police Neto (PSDB) e Antônio Donato (PT) que participaram de debate promovido pelo CBN São Paulo, nesse sábado. Na quinta-feira, quando o Orçamento de R$ 27,8 bi para a cidade de São Paulo foi aprovado, o vereador Milton Leite (DEM) também havia comentado sobre o assunto.

O tema preocupa Sônia Barbosa, do Voto Consciente, que esteve conosco no programa e pediu fiscalização rigorosa sobre os gastos da Câmara Municipal, principalmente em função deste projeto arquitetônico.

Tem razão em estar preocupada, pois o descontrole nas contas de obras públicas é comum no País. Não muito distante da Câmara, temos um típico exemplo: o novo prédio da Assembleia Legislativa de São Paulo que deveria ter sido entregue em 2007 a um custo de R$ 12 mi somente pode receber os deputados neste ano após terem sido gastos mais de R$ 28 mi.

Na Câmara Municipal a ideia é seguir o projeto de Oscar Niemeyer que teria previsto originalmente um anexo ao prédio onde está o Palácio Anchieta.

Obra vai custar mais caro, diz repórter

Resgatei o comentário do jornalista Airton Goes que está publicado nos comentários, pois amplia a discussão e agrega informação que não havia registrado na nota original: por exemplo, quem levantou o assunto da obra de ampliação da sede da Câmara durante o debate foi Maurício Piragino, do Nossa São Paulo. Vamos ao comentário do Airton Goes que acompanha pelo Movimento Nossa São Paulo o trabalho na Câmara Municipal:

A construção de um prédio anexo à Câmara Municipal – assunto que foi levantado pelo representante do Movimento Nossa São Paulo, Maurício Piragino, no final do debate de sábado – tem que ser discutida pela sociedade. Será que os cidadãos concordam com a construção desse novo prédio, que consumirá muito mais que R$ 20 milhões? Esse novo espaço para os vereadores é realmente necessário? É prioridade para a cidade?

Alerta 1: os R$ 20 milhões reservados no orçamento da Câmara Municipal para 2010 são apenas para a fase de projeto e o início da obra, que deve demorar três ou quatro anos.

Alerta 2: depois da construção do anexo virá a contratação de funcionários (isso sempre acontece). A Câmara já tem cerca de 2 mil funcionários, entre concursados e assessores de gabinete. Dezenas deles ganham mais de R$ 25 mil reais.

O exemplo do Senado, que tem 10 mil funcionários para 81 senadores (conforme informações divulgadas pela imprensa que cobre o Congresso), é algo para deixar a sociedade paulistana vigilante em relação ao assunto.

[Fonte]


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