Política na Internet

Política na Internet


A "clicocracia" está aí para ficar na política

ou como Obama usou a internet e ganhou

O site e.politics fez um favor para políticos de todo o planeta. Reuniu num único endereço as melhores explicações da estratégia do democrata Barack Obama para vencer a eleição com a ajuda da internet de um jeito que nunca ninguém havia visto.

Os números são impressionantes:

  • 13 milhões de pessoas cadastradas na lista de e-mail;
  • 3 milhões de doadores fizeram 6,5 milhões de doações pela internet;
  • Das 6,5 milhões de doações, 6 milhões foram em valores até US$ 100;
  • Meio bilhão de dólares arrecadados online em 21 meses;
  • 5 milhões de “amigos” nos sites de relacionamento social;
  • 2 milhões de perfis no site oficial MyBarackObama.com;
  • 3 milhões de doadores individuais;
  • 70 mil pessoas criaram suas próprias campanhas de arrecadação de fundos para Obama.

Um dos textos citados pelo e.politics é do Washington Post, que tem dezenas de informações fascinantes sobre como a internet acaba de criar uma nova forma de política, a "clicocracia" (uma brincadeira com o “clique” que todos produzimos no mouse). O Post entrevistou para a reportagem o jovem Joe Rospars, de 27 anos, diretor de nova mídia da campanha vitoriosa de Obama.

Eis alguns dados gerais:

Durante a campanha, mais de 7.000 mensagens padronizadas foram redigidas e enviadas por e-mail. As mensagens eram destinadas a grupos específicos de eleitores cadastrados, sobretudo para pedir mais doações. Quem já havia doado menos de US$ 200 recebia um tipo de e-mail. Quem já havia contribuído com mais de US$ 1.000, era alvo de um outro tipo de texto.

Mais de 1 bilhão (!!) de e-mails foram enviados pela campanha de Obama.

Como comparação, Obama teve 13 milhões de e-mails cadastrados. Há pouco mais de 4 anos, o democrata John F. Kerry teve 3 millhões de e-mails em sua lista. Outro democrata campeão de internet, o ex-governador de Vermont Howard Dean usava uma lista com apenas 600 mil e-mails.

Um milhão de pessoas se cadastrou para receber no celular torpedos de Obama com notícias da campanha. Considere aqui um dado fundamental: nos EUA, paga-se para mandar e para receber mensagens de texto (no Brasil, só para enviar).

As comunidades criadas nos sites de relacionamento produziram fatos na vida real: 200 mil eventos foram realizados pelos voluntários em todo o país durante a campanha de Obama.

Foram criados 35 mil grupos de voluntários pró-Obama pelo país. Desses, cerca de 1 mil no dia em que o democrata anunciou sua candidatura a presidente, em 10 de fevereiro de 2007 (pela internet, claro).

Nos últimos 4 dias de campanha, 3 milhões de telefonemas foram realizados pelos voluntários.

Esses números todos falam por si.

E no Brasil? Quantos políticos estão se preparando para fazer algo parecido em 2010 nas campanhas presidenciais, para governos estaduais etc.? Quantos candidatos têm uma equipe com garotos de 20 e poucos anos pensando em como se deve fazer política neste início de século 21? Sim, claro, aqui há menos pessoas com acesso à web. OK. Mas o número cresce de maneira espantosa. Política, interação e internet são indissociáveis.

Palpite do blog: os políticos brasileiros que se dedicarem para valer (não fazendo sites estáticos e mixurucos), desde já, a desenvolver uma estratégia bem feita para a internet terão uma vantagem comparativa não desprezível em 2010.



Fonte: Blog do Fernando Rodrigues


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